sexta-feira, 30 de julho de 2010

Abri os olhos. Dei três tapas num sol que piscava desfocado até que tudo ficou claro. Cumprimentei um gato que passava ali. Visita meu telhado frequentemente e, vez ou outra, despenca por onde sai o baobá. Descolori alguns tomates sem assuntos, quando desses dias que seguem, simplesmente por não poder ser diferente. E chove.

As manhãs sempre começam com esse cheiro constante. Às vezes isso me alegra, noutras somente uma ânsia. Os pássaros que cantam, as folhas que caem e essa lama que se espalha. Preguiçoso, de quando em quando vou conferir se não esqueci meu corpo esparramado pela cama.

Outro dia troquei as portas de lugares, só para me distrair procurando-as. Ontem, cansado da brincadeira, fingir não a ver por trás da cortina. Sorri enquanto tudo estava bem. Mas só enquanto isso...

Acho imperfeitos os dias compridos que logo se espreguiçam com cheiro de café.