Bisbilhotei pela fechadura o quarto vazio.
Não dormia e senti medo de eu ainda estar lá dentro.
Prendo a respiração... não sei quando parti.
Arranjei duas pás e me pus a cavar, bem ali na porta.
Fiz uma trincheira. Água e um pouco de lama, pintei meu rosto.
Dispus-me quase nu, armado com algo que não me lembro mais.
Arrasado pela suposta invasão a mim mesmo, não fugi.
Capacete feito de palha, cachimbo fingindo uma fumaça escura
Acabei anunciando minha posição, apesar de não perder
Sai ferido, mancando, mas sorrindo de canto.
Escondi o buraco com o porta do quarto
Não sem antes de, ali, jogar sementes para uma goiabeira
Acendi o fogo e traguei, enquanto coçava a orelha
Decidi, por fim, filmar meu rosto num papel riscado.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
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