terça-feira, 7 de julho de 2009

Medi dois dedos e outra dose completa. Enchi o regador.

Embebedei o alimento pronto pra colher. Feijões deleitosos, milhos corados e ervas de conversas mansas.

Entupi de sopros uma garrafa enquanto a esvaziava. Antes um gole pro santo, que já me concede milagres atrapalhados.

Um lago no meio da sala, nuvens de chuva no banheiro, dia que se esquece lá fora. E o papo que não acaba nessa horta ensopada.

Mudo o sol de lugar, carrego as horas nos ombros para escondê-las atrás da árvore. Invento folhas caindo e arrasto as pedras pro caminho. Sorrio.

Tropeço até encontrar a porta. Desenho meu rosto de cabelo comprido alcançando a janela. Aprendo a caminhar com os sapatos que tenho. Enquanto o santo soluça intenções, invento as canções que esqueci.

O vento vem chegando, sem soprar muito forte. Enfrento de peito aberto, tremendo de frio.

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