quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sai para conversar com a rua. Caminhei com as calças sujas, procurando pessoas, sem querer encontrá-las. Evitei algumas esquinas. Procurei acima do que se podia ver, como noutro dia, perdendo os dedos entre a barba.

No bar meu copo pela metade, e era só assim. Deixei meus olhos descansar sobre ele, como procurando qualquer resposta para as perguntas que eu não saberia fazer. Bebi e não me preocupei se engolira de fato alguma pseudo conclusão, que se esvairiam dali algum tempo. Pedi outro, também pela metade, para continuar pensando.

Não tive pressa de ir embora, mas cheguei muito antes que pudesse perceber, ainda com sede. Fui dormir embaixo da cama, escondendo-me de todo aquele espaço.

4 comentários:

  1. Leitura prazeirosa eu sempre encontro aqui... Criatividade com maestria...


    "...Procurando pessoas, sem querer encontrá-las... Procurando qualquer resposta para as perguntas que eu não saberia fazer..."
    Tudo muito paradoxal... Parabéns.

    beijos sedentos

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  2. "...Procurando pessoas, sem querer encontrá-las... Procurando qualquer resposta para as perguntas que eu não saberia fazer..."

    O texto é lindo. Todo ele. Mas essa parte, em particular, eu guardei comigo.

    Beijo :*

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  3. Quantas e quantas vezes fiz esta mesma caminhada..talvez não tenha começado num bar e acabado em baixo da cama...mais tenha começado num banco qualquer de praça...e terminado sobre a cama...corpo enfiado embaixo do cobertor....esperando os sono chegar.... que sempre demora....



    Ademerson Novais de Andrade

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  4. Os copos pela metade..metades incertas..o incompleto no completo..pseudo-conclusões de uma dúvida incerta..o ser humano!

    Adoro seus devaneio... ;)

    Bjosss no coração :**

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