quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dormi quase congelando. Geladeira de porta aberta, corpo quase nu, cabelos molhados, dedos enrugados. Encolhido. Não tinha pressa pra me perder no sono.

Dois grandes baldes pendurados no teto. Grades de proteção embaixo da cama.

Rolo para todos os lados, amasso mais um papel. Idéias absurdas. Tantas paredes me prendendo, e todos os tormentos aqui comigo. Levanto por um momento, meço a distancia entre mim e o fim do quarto. Começo a abrir uma nova porta que dê para o próximo cômodo. Devagar.

Martelo algumas moedas na parede, enfeito a mesa com poeira, distorço o silêncio redundante.

Boto meias sujas, cumpro a história para cada ruga, escrevendo delicadamente, cada contorno.

5 comentários:

  1. Um Tal de João Qualquer Coisa que escreve palavras soltas, medidas no papel, sentimentos infindos e que nos faz refletir...eis aqui uma definição qualquer num dia sei lá...

    Voltarei por aqui...gostei muito!!

    Bjoss :**

    http://inverossimilhancadoreal.blogspot.com/

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  2. Palavras jogadas, encaixadas com precisa coesão... Leitura dinâmica, envolvente... Bravo!! João...

    Muito bom realmente.

    beijos amarrados no ar

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  3. Idéias absurdas sempre...
    Presa entre paredes que alma pode voar?


    Beeeijo
    :*

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Rolo para todos os lados, amasso mais um papel. essa é a vida daquele que ousa a escrever sua história, sua vida, seus pensamentos em um pequeno pedaço de papel. muito obrigado pelo comentario caro João...

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