Simplesmente esqueci hoje o que ocorrera nos últimos tempos. Esqueci de mim, de um bocado de gente, das coisas lá fora e do que restou aqui dentro também. Não enlouqueci, tampouco misturei as poses repetidas nessas fotos sem gestos.
Senti-me abduzido do que um dia fora, rastreando meus passos pela casa, através do pó marcado onde primeiro eu estivera. Diante do espelho, chovendo não sei se dias, meses, uma gripe ou unha encravada. Bastando uma vaga distancia entre mim e o teto. Um vento querendo dizer algo irritante.
Demorei um tanto pra perceber os vagalumes passeando. Ainda duvidara da luz pingando sobre meus olhos, dessa sensação qualquer, percorrendo-me todo, desviando do lado esquerdo e se refugiando calado nas pontas do dedo.
Despedi-me de tudo, antes de começar a entender. Fechei os olhos e me despi, disto tudo que acabara de me lembrar.
"... A luz pingando sobre meus olhos..."
ResponderExcluirUm João qualquer coisa incomum, poeta e sensível... Lindo!
Beijos pingando carinho...
:DD Otimo joao :}
ResponderExcluirnossa!
ResponderExcluirvocê escrevee MUIIITO.
primeira vez aqui.
adorei
João, adorei o post, escreve muito bem, e ainda é sensivel !
ResponderExcluirXeroo *:
Estou nesta fase, introspectivo e reservado. Buscando minha verdadeira essência.
ResponderExcluirSaudade de suas palavras. Saudade boa, e que retorna sempre, mas que me ecoa como um riso quando leio.
ResponderExcluirBeijo, poeta preferido
Coisa séria este Brasil!
ResponderExcluirApareça sempre!
Ab
Oi, João! Também voei até aqui e me senti muito bem acolhida por suas palavras. :-)
ResponderExcluirVocê escreve com muita impressionabilidade, dando a impressão ,talvez até a realidade, de viver estes fatos por mais simbolicos ou imaginativos que pareçam.
ResponderExcluirMuito bom mesmo.
Sucesso pra ti!
Abraço.
Nada como ler um bom post, como sempre escrevendo absolutamente bem.
ResponderExcluirÁs vezes ficamos tão incomodados com algumas coisas (que às vezes nem sabemos quais) que nos alienamos. Alheios ao mundo, à vida e às pessoas.
Parabéns, a cada dia, mais ´precisamente a cada post, te admiro mais.
Abraço
Hum e assim nos prendemos num casulo...a espera que nossa pele de larganta ganhe forma..musculos e por ultimo asas...um casulo onde equanto lá dentro estamos temos a impressão de tudo esquecer aqui fora..cada momento de largata..por que o tempo dela passou..pois sera a hora da borboleta que voara pelo ceu..subira alto...com suas asas multicoloridas batendo....
ResponderExcluirAdemerson Novais de Andrade
Gostaria de esquecer o futuro. Assim, não me sentiria tão entediada esperando pela segunda-feira.
ResponderExcluirPequeno, eu sei. Mas é um saco perceber uma semana inteira pela frente. rs
texto maravilhoso, a qual me vi nele, eu quem gostaria durmir seculos e só acordar na semana em que puedesse assim abrir os olhos e poder ver cores além do preto e branco monotono.
ResponderExcluirEscreves muito bem guri.